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I Met God she’s Green

Um blog de Joana Seixas e Brandão, sobre tudo o que podemos fazer para tornar as nossas vidas mais sustentáveis e mais felizes!

I Met God she’s Green

10 razões que nos levam a resistir ao destralhar

08.11.19 | Joana

    Tal como prometido há bastante tempo e muito inspirada com a nossa última entrevista à Cláudia, vou finalmente começar a dedicar-me a uma série de posts sobre destralhar a nossa Casa e a nossa Vida. Começo pelos motivos que nos levam a resistir e que muitas vezes impedem o nosso sucesso, eu própria ainda me deparo com muitos deles, e como vou reiniciar um novo processo de destralhar, espero desta vez ter bases mais firmes para o fazer da melhor forma para perdurar no tempo. Mas atenção, não se enganem, destralhar é uma forma de estar que se conquista com o tempo, não é um acto isolado milagroso que resolve todos os nossos problemas emocionais e de arrumação. Depois de nos consciencializarmos do que nos trava, podemos então criar e personalizar um método adaptado à nossa vida e às nossas circunstâncias. 



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1. Guardar coisas, só porque um dia podemos precisar...

   Esta é uma das principais razões que nos leva a guardar centenas, às vezes milhares de objectos que compramos e guardamos porque podemos precisar de usar um dia. Em primeiro lugar há que mudar a nossa mentalidade para o futuro e deixar de ter este pensamento de comprar coisas só porque podemos um dia vir a precisar delas, sem serem uma necessidade absoluta. Depois há que retirar da nossa casa todos esses objectos que mais não são do que energia estagnada a ocupar um espaço que precisamos.
Mas como o fazer na prática? Em primeiro lugar temos que ser honestos e realistas quanto à sua função e muito objectivos quanto à quantidade de vezes que já os usámos ou ainda pensamos usar. Se neste momento ou nos últimos tempos não estamos a usar esse objecto ou não gostamos dele, então ele só está a criar um peso extra na nossa vida. A maior parte dos objectos que descartamos, passado uma semana ou duas já não fazem parte da nossa memória pois não nos lembramos que existiam.

 

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 2. Sentirmo-nos culpados por estarmos a deitar fora, coisas que nos custaram dinheiro.

Muitas vezes, guardamos coisas só porque nos custaram dinheiro e não as deitamos fora porque nos sentimos culpados. Mas será que isso resolve o problema? 

Em primeiro lugar, lembrem-se que o dinheiro já foi gasto, guardar esse objecto não o vai trazer de volta. Se esse objecto não acrescenta nada à vossa vida agora, então não está a fazer nada em vossa casa, senão a ocupar espaço desnecessário. 

 

3. Sentirmo-nos culpados por nos vermos livres de coisas que ainda estão boas. 

Se já não usas ou nesta fase da tua vida esse objecto é completamente obsoleto, então deves  tirá-lo da tua casa, mas não tens que necessariamente deitar fora, podes dar a alguém que sabes que lhe dá uma utilidade, vender ou doar a uma Instituição. Vê no último ponto do artigo o que fazer com os objectos que não precisas.

4. Sentirmo-nos culpados por nos sentirmos obrigados a ficar com certas coisas 

Muitas vezes sentimo-nos obrigados a ficar com objectos que nos ofereceram, ou porque foram prendas ou porque têm um valor sentimental, às vezes torna-se muito complicado tomar a decisão de nos libertarmos. Mas aprendi com A Marie Kondo, que esses objectos já cumpriram a sua função, o momento de gratidão no acto de dar e receber. Ficámos agradecidos naquele momento de troca, mas se agora são apenas um peso, o melhor é libertá-los sem culpa. Dar-lhes uma segunda vida noutras mãos será sempre mais honesto para com a pessoa que nos ofereceu. 

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5. É difícil deitar fora coisas que usámos muito no passado 

Às vezes é mesmo difícil deixarmos ir coisas com as quais tivemos uma forte ligação no passado mas que actualmente já não fazem parte da nossa vida. Podem ser objectos relacionados com alguma actividade que tínhamos ou ligados a uma fase específica, com os filhos, ou até de valor sentimental, mas que de alguma maneira deixaram de ter interesse na actualidade. 

A melhor forma de resolver esta etapa, é encarar de frente esses objectos e perceber qual o uso real que lhes damos hoje, será que vale mesmo a pena ficar com ele ou vai ficar arrumado a um canto? 

 

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6. Ter muitas coisas faz-nos sentir seguros 

Este é um dos problemas que também tenho, fico sempre preocupada quando quero destralhar porque acho vou precisar daquelas coisas um dia... e então fico insegura, a verdade é que deixar ir os objectos é uma evolução no nosso bem estar, uma mudança de paradigma e as mudanças assustam. Mas se pensarmos que não nos vamos lembrar de mais de 90% dos objectos que deixámos ir, talvez nos acalme o espírito e nos dê coragem para ir com mais este passo em frente. Pois postas as coisas na balança acho que vale mesmo a pena o investimento. 

 

7. Pensar que ter uma casa minimalista pode ser aborrecido 

É fácil pensar que ter uma casa com pouca coisa pode ser muito aborrecido, mas lembrem-se que ter uma casa mais minimalista não significa deitar fora tudo o que temos, significa sim darmos prioridade e o devido uso às coisas mais importante na nossa vida. A nossa Casa deve ter os objectos certos, que nos fazem sentir bem e deve reflectir a nossa personalidade.Se o minimalismo nos faz sentir melhor e mais leves, então devemos abraçá-lo e deixar o espaço que nos rodeia no dia a dia com o melhor dos ambientes para uma vida feliz. 

 

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8. Pensar que precisas de organizar, quando na realidade só precisas de destralhar

Este é o meu maior problema, sou uma “desorganizada crónica”, por isso gosto tanto de procurar soluções que me ajudem! Há muitas alturas em que penso que  tenho que me organizar e de repente vejo-me inundada de coisas à minha volta, que já perderam o seu lugar, que ocupam tempo e espaço e nem sei porque as uso... Por isso ao destralhar ajudo-me efectivamente a organizar, porque diminuo substancialmente aquilo que tenho e torna-se bastante mais fácil as coisas voltarem para o seu lugar! 

 

9. Sentirmo-nos assoberbados e sem tempo para destralhar a quantidade de objectos que temos pela frente. 

Outro grande problema! Acho sempre que é uma tarefa infindável e que não vou conseguir levar até ao fim... Mas dividindo por etapas e ganhando o gosto por ter menos tralha, acreditem que vão conseguir superar esta tarefa! Claro que estamos a criar um hábito para o resto da vida, mas a boa notícia é que se torna cada vez mais fácil, pois passamos a ter cada vez menos coisas! 

 

10. Não sabermos o que fazer com as coisas que queremos tirar da nossa Casa. 

Nem sempre é fácil decidir o que fazer com o que não vamos precisar, e às vezes (falo por mim) é um factor desmotivador, mas vamos por etapas: 

  • Em primeiro lugar ver se o objecto ainda está em bom estado e dar a pessoas próximas  ou vender.
  • Em segundo lugar doar a Instituições ou Associações que queiram receber. 
  • Em último lugar se decidirem deitar fora, façam-no da melhor maneira, pensem bem nos materiais que estão a descartar e coloquem no EcoPonto correcto. Hoje em dia já se aproveitam muitos materiais, esta App também vos pode dar uma ajuda, assim como este artigo para saber o que fazer com a tralha que já não precisas. 

 

Eu vou começar esta etapa por voltar a destralhar o meu roupeiro (a última vez foi há três anos), criar o meu primeiro verdadeiro Armário Cápsula ( de Inverno)  e vou partilhando aqui e no nosso instagram todas as minhas ideias e dificuldades e qual o resultado final! 

A seguir vou continuar a destralhar as outras áreas da casa e partilhar dicas úteis! 

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